Final
Fantasy XIII foi um dos games mais decepcionantes de 2010, pelo menos na
opinião de grande maioria dos fãs. Não que o jogo não fosse bom, muito pelo
contrário, mas pecava pela linearidade excessiva, falta de missões extras (side
quests), personagens secundários para dialogar, mapas para explorar, entre
outras coisas.
Desta vez em
Final Fantasy XIII-2, a Square-Enix corrigiu estes problemas e lançou um jogo
mais divertido e mais parecido com os Final Fantasies do tempo do PSX, aonde as
side quests estão de volta, muitos personagens para interagir nas diversas
localidades do game e bastante exploração.
Seja bem
vindo Final Fantasy, sentimos sua falta!
Gráficos
Os gráficos
do jogo estão no mesmo nível de seu antecessor, mas um pouco mais refinados.
Muitos cenários são foto realistas, devido a uma nova tecnologia utilizada pela
Square (e que com certeza, será muito usada daqui pra frente em jogos da
empresa).
Quando
estamos percorrendo um cenário chuvoso, o efeito das gotas pingando na tela é
maravilhoso e realmente dá a sensação de “molhado”. Sem contar a água da chuva
que cai no chão e escorre nas escadas, algo nunca visto antes em nenhum game da
série.
Nos cenários
ensolarados, o efeito de luz no chão, nas paredes e nos personagens é bastante
suave e muito bem feito. Nos dá uma sensação de calma e tranquilidade, quando
passamos pelos campos ensolarados de um vilarejo, e aquela trilha sonora
gostosa ao fundo.
Em meio a
uma nevasca, podemos ver a neve grudando no corpo dos personagens e inimigos, o
que é muito bacana. O único problema, é que ao entrar em um túnel, a neve
desaparece do corpo deles, e volta a aparecer quando saímos. Não é muito
realista, mas nada que tire o brilho do game.
Outra coisa
sutil, mas bacana, é o cabelo e as roupas dos personagens balançando com o
vento, ficou ótimo.
Som
A trilha
sonora do game é bastante diversificada, e segue o padrão da série. Você ouvirá
desde músicas calmas e harmoniosas a heavy metal, e tudo isso se encaixa
perfeitamente em cada situação.
Dependendo
do ambiente, você escutará uma música adequada, por exemplo, se estiver em uma
exploração, ou se estiver percorrendo pelo campo. Nas batalhas aleatórias, a
música é sempre a mesma, mas quando enfrentamos um chefão, ouvimos um rock bem
pesado, que dá o maior clima e aumenta a adrenalina no combate.
As vozes dos
personagens estão bastante convincentes e a sincronia labial está muito boa.
Você realmente tem a impressão de que as palavras saem da boca dos personagens.
Jogabilidade
A
jogabilidade flui bem suave como em FFXIII, mas desta vez, parece que a Square
conseguiu melhorar mais ainda este quesito, que é tão importante. Os comandos
respondem com precisão e os personagens são bem agradáveis de se controlar.
O Jogo
FFXIII-2
manteve tudo o que seu antecessor tinha de melhor, e além disso, melhorou tudo
o que havia de problemas.
O tema
principal do jogo é a viagem no tempo. Noel e Serah viajam através de portais e
precisam resolver paradoxos em cada local em que estão. A tela do jogo onde se
localizam os portais abertos até o momento, se chama Historia Crux. Daí é
possível visitar qualquer localidade, sem obrigatoriamente ter que seguir a
história principal. Ou seja, agora não existe mais aquela linearidade excessiva
de FFXIII, pois a Square nos deixa livres para explorar o mundo que ela criou
em FFXIII-2.
Em FFXIII-2,
temos agora a ajuda de um Moogle, que são velhos conhecidos dos antigos fãs da
série. O Moogle acompanha os personagens durante toda a aventura e são bastante
úteis. Com ele é possível alcançar itens que normalmente o personagem não
alcança, além de outras coisas.
As batalhas
eram um ponto forte de FFXIII, e em XIII-2 mantiveram-se no mesmo nível. Desta
vez os monstros não ficam andando no cenário como em FFXIII, pois as batalhas
aleatórias estão de volta. Só que agora, ao surgir um monstro, aparece o
relógio do Moogle na tela, e você tem um certo tempo para decidir se quer
enfrentar ou fugir. Caso decida lutar, é possível golpear antecipadamente,
assim você entra na batalha em vantagem.
Agora não
existem mais os summons, que são as tradicionais invocações da série. No seu
lugar, a Square colocou uma coisa que se chama “Feral Link”, que é a habilidade
de capturar monstros e utilizá-los como aliados, já que Serah e Noel são os
dois únicos personagens controláveis do game.
Na verdade,
não é o jogador que captura determinado monstro, mas ao vencer certas batalhas,
você ganha um cristal. Este cristal, você incorpora no seu time de personagens
através do Paradig Pack, e o monstro estará disponível nas batalhas.
Cada um
deles possui um único atributo, que pode ser command, ravager, medic ou
sentinel. Não é possível aprender outros atributos, como se faz com os
personagens normais.
Os monstros
evoluem na Crystalium como Noel e Serah, só que ao invés de pontos de experiência,
eles utilizam itens, que podem ser conseguidos em batalhas, ou comprados com a
Chocolina. Ela é uma vendedora que está sempre em todas as localidades que você
visitar, todos os itens, armas, acessórios, você comprará com ela. Ainda
existem as bolas flutuantes de FFXIII, mas desta vez, as compras não são mais
feitas no save point, e sim, com a Chocolina.
Falando em
save point, agora é possível salvar a qualquer momento do jogo, apesar de em
alguns pontos, ele salvar automaticamente. Ou quando você volta para a Historia
Crux, o jogo também é salvo.
Falando na
Crystalium, ela segue o mesmo estilo que em FFXIII, apenas com uma leve
modificação estética e uma linha de evolução linear, ou seja, não existem
caminhos “alternativos” destav vez para evoluir. Basta ir apertando o botão e
gastando os pontos de experiência, que o jogo faz o resto. Você também ganha
alguns bônus conforme vai evoluindo, como por exemplo, destravar os atributos
medic, sentinel e ravager, além de outras coisas.
Uma outra
coisa que divide opiniões, é o Live Trigger. Muitas vezes no game, você terá a
chance de escolher diversas respostas para uma determinada situação. Mas
acontece que isso quase sempre não influencia nada na história, é mais pela
graça de ver o que os personagens respondem, ou seja, para quem gosta de
dialogar é bem divertido.
Um novo Gold Saucer?
Parece que
desta vez a Square se dedicou de verdade mesmo no game. Para apagar a má imagem
deixada por FFXIII, ela fez uma sequência muito melhor e mais completa,
corrigindo todos os problemas anteriores. Fez até um parque de diversões no
melhor estilo Gold Saucer. Sim, isso mesmo, em FFXIII-2 temos um parque para se
divertir e esquecer da história principal por alguns instantes.
Existem
jogos de casino, jogos de cartas (que são viciantes), além das velhas corridas
de chocobos, que fizeram muita gente se divertir (e se descabelar) em FFVII.
O parque não
está totalmente disponível de início, suas atrações vão sendo liberadas aos
poucos, conforme avançamos no game.
Um novo Sephiroth?
Sephiroth é
considerado por muitos até hoje, como o maior vilão de todos os games de série,
e até mesmo da hstória dos videogames.
Fazia tempo
que não aparecia um vilão realmente maligno em Final Fantasy, e parece que
desta vez, o novo vilão Caius cumpre bem o seu papel.
Caius exala
ameaça, logo no início do game, você já se depara com ele em uma batalha
terrível contra Lightining.
Ele possui
grande habilidade na espada e nas magias, e quando você o enfrenta, tem aquela
velha e boa sensação de que está frito.
Resumindo,
FFXIII-2 corrige todas as falhas de seu antecessor e traz de volta a velha
magia da série. Diversas side quests, muita exploração e a liberdade de
percorrer o mundo de FFXIII-2 como bem entender, lhe garantirá diversão por
muitos meses.