quinta-feira, 19 de maio de 2011

Eternal Sonata - Análise


Fala galera, sejam bem vindos ao Law Dojo mais uma vez.

Como todos sabemos, essa geração de videogames está sendo dominada pelos jogos FPS (first person shooter), que são aqueles jogos aonde o jogador se sente na pele do personagem (pois não o vê na tela, apenas sua mão e sua arma), e geralmente o objetivo é atirar em todos os inimigos que aparecem pela frente.

O termo First Person Shooter significa Tiro Em Primeira Pessoa, posso citar exemplos clássicos de FPS como Doom, Duke Nukem 3D, Quake, Heretic, Redneck Rampage, além de alguns atuais como Call of Duty, Kill Zone e Black Ops.

Eu adorava jogar Duke Nukem 3D no PC, na década de 90, confesso que nos consoles de videogame sempre achei esse estilo de jogo um pé no saco. Sempre fui fã de jogos de luta, ação, aventura e RPG. E é de RPG que vou falar agora, aliás, que belo RPG!

A geração atual está bastante carente de bons JRPGs (RPGs japoneses), bem diferente da época dos 32 bits, aonde existiam muitos títulos de qualidade no mercado. No PS3, eu já tinha comprado Final Fantasy XIII e Star Ocean IV, mas ambos não me agradaram tanto, cada um pelos seus motivos particulares (que não vem ao caso agora).

Recentemente, peguei o jogo Eternal Sonata, que é baseado nas últimas horas de vida do músico Fryderyk Franciszek Chopin.

Chopin nasceu em Varsóvia, Polônia, em 1810 e encerrou sua curta vida em Paris, aos 39 anos. Considerado o poeta do piano, é um dos compositores clássicos mais conhecidos do mundo. Diz-se que três horas antes de sua morte, ele teve um sonho. Eternal Sonata parte exatamente desse mundo imaginário visto por Chopin. Naturalmente, as obras do compositor têm importante papel na trilha sonora e será tocado pelo pianista russo Stanislav Bunin, que, aos 19 anos, venceu uma competição de obras de Chopin.

Graficamente, o jogo é bastante colorido e muito bonito. Os personagens são desenhados em estilo mangá e o jogo todo é feito em cel shading, que é uma técnica para criar gráficos de desenho animado (essa técnica já era usada no Playstation 2).
Os personagens são bastante carismáticos e logo nas primeiras horas de jogo, irão envolvê-lo por completo.

O jogo se passa em dois mundos, que são o mundo real (mais precisamente Paris no século 19) e o mundo imaginário de Chopin, que é um mundo de fantasia aonde se passa boa parte da história.
Ou seja, tudo se trata de um sonho de Chopin, que já se encontra doente e perto da morte.

Logo no início o narrador vai descrevendo o ambiente, o vilarejo e a cidade do mundo imaginário. O modo como ele conta os fatos, enquanto observamos as imagens do lugar, o som dos pássaros cantando, passa uma sensação de calma e tranquilidade muito boa.

A ambientação e o estilo do jogo, eu achei bastante parecido com Final Fantasy 7, cenários curtos, casas para entrar, NPCs para conversar, baús com ítens, shops para comprar armas, etc.

As batalhas não são aleatórias (felizmente), você pode ver os inimigos no cenário e escolher entre atacá-los, ou simplismente passar direto. Eu recomendo atacar todos os inimigos que aparecem, pois é bom para já ir ganhando pontos de EXP e evoluir os personagens.

Os personagens tem os tradicionais levels, pontos de HP, de ataque, defesa e todo o tradicional. Não existem pontos de MP, pois o sistema de batalha é diferente e bastante interessante.
Os combates são por turnos e você pode movimentar o personagem livremente até seu turno acabar. Do lado esquerdo da tela, existe uma barra azul, que diminui conforme você anda, ataca ou usa ítens. Quando essa barra chegar ao fim, seu turno acabou, e será a vez do outro personagem ou dos inimigos.
Cada botão tem uma função nas batalhas: Ataque, Defesa, Golpe Especial e Ítem. Além de R1 + L1 para fugir.

O mais interessante das batalhas que eu achei, é o fato de você poder se movimentar como quiser, mesmo sendo por turno. Acredito que dessa maneira, o jogo pode agradar a todos.

Nessa geração de jogos de tiro, Eternal Sonata é perfeito para os amantes do bom e velho JRPG.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Siren New Translation - Análise

Siren é na minha opinião, o melhor jogo de horror do PS3 até agora. O jogo é dividido em missões, e você joga cada missão com um personagem diferente, sendo que todos eles estão metidos na mesma enrascada. Ou seja, você enxerga a história de diversos pontos diferentes.

Gráficos

Os gráficos estão na medida para um jogo de horror, nada de muito espetacular, mas cumprem bem o seu papel, que é de deixar o visual o mais sombrio e medonho possível. Alguns cenários são durante o dia, e você consegue observar melhor a qualidade visual do game. Mas o que pega mesmo, são os cenários à noite, ou dentro de habitações, aonde você só tem sua lanterna como companheira.
Os locais visitados geralmente são casas abandonadas, hospitais e até uma vila fantasma.

Som

A parte sonora é o ponto forte do jogo, você ouvirá sussurros, gritos e coisas do gênero o tempo todo, o que realmente gela a espinha, se estiver jogando em um ambiente escuro e sozinho em casa.
Logo no menu inicial, você já ouve um gemido contínuo (que lembra muito "o grito") enquanto navega pelas opções do jogo, o que já é suficiente para lhe deixar tenso e já imagina o que está por vir.
Quando você usa a visão sensorial para localizar os Shibitos, pode-se ouví-los "conversando" uns com os outros e emitindo grunhidos medonhos procurando você, o que lhe faz ficar com um frio na barriga.

Shibitos

Os Shibitos (que são os inimigos do jogo) são assustadores, emitem ruídos fantasmagóricos e quando o avistam, correm para cima de você sem pensar duas vezes. São bastante fortes, e caso você não esteja armado com nada, trate de sair correndo, pois não adianta "sair na mão", que eles sempre vencem. Isso é uma das coisas que faz você sentir medo jogando Siren, seu personagem é uma pessoa comum e fraca, ao contrário de RE5, aonde o Chris é o terror dos inimigos.

Gameplay

A jogabilidade é em terceira pessoa, mais ou menos igual RE5, Dead Space, Batman, etc. Só que a câmera, é um dos pontos fracos do game. Às vezes o próprio personagem fica na frente e atrapalha a visão, já que a câmera não tem um controle livre. Funciona assim, você tem total controle sobre o personagem (frente, trás, esquerda, direita) tudo no analógico esquerdo, e o direito, serve apenas para olhar o ambiente, mas ao soltá-lo, a câmera volta ao ponto de origem.
De uma forma ou de outra, isso ajuda a deixar o jogo mais tenso, principalmente na hora de fugir dos Shibitos.

Armas

As armas disponíveis no jogos são coisas simples como facas, canos, picaretas, marretas, enxadas, etc. E é dificil usá-las com precisão, já que seus personagens são pessoas comuns, e não super soldados treinados. Uma vez ou outra, aparece um revolver ou uma espingarda para você usar, mas é bem pouco.

Visão Sensorial

Uma das grandes características do jogo é a visão sensorial, que lhe permite ver através dos olhos dos inimigos. A tela se divide ao meio, mostrando tanto a visão do protagonista como a dos oponentes. Assim, você também pode se deslocar durante o "roubo" de visão, o que ajudará a executar estratégias para evitar os inimigos. Mas se você ficar parado as imagens ficam mais nítidas. É um bom recurso para usar escondido, dentro de algum armário (a lá Metal Gear Solid), ou embaixo da cama.

Como o jogo é baseado em missões, em cada uma delas você tem os objetivos a cumprir, não existem outras rotas, é uma coisa bem linear, cumpriu as missões, acabou e passa para a próxima. E isso funciona bem com a proposta do jogo.

Siren Blood Curse pode ser adquirido na PSN americana (a versão censurada) e na Play Asia ou na Offerhouse, tem a versão New Translation (sem cortes) em BD, que é a que eu tenho. Recomendo a versão em BD sem cortes, está bem barato.
Recomendo também que baixem a demo na PSN, que contém uma das missões do jogo e é suficiente para avaliar por si próprio. Eu me interessei pelo game depois de jogar a demo.

Screenshots:

 

















Video do gameplay: